PARQUE PROVINCIAL CORDON DEL PLATA
– UM SONHO POSSÍVEL -
Endereço: Capital, Mendoza Province, Argentina
Organização básica de uma aventura singular.
Eu julgo imprescindível antes de qualquer pesquisa mais profunda:
Para brasileiros
- Passaporte válido ou Carteira de Identidade também conhecido como RG (RG é o número) em perfeitas condições e na validade, considerando as datas da viagem.
- Informações sobre os protocolos COVID19 sobre vacinações (no Brasil) e seguros saúde (esse último já foi obrigatório, sendo cobrado na Duana – via terrestre).
- Seu veículo é próprio? Sem problemas. Outra pessoa vai dirigi-lo na sua ausência? Fazer autorização com reconhecimento de assinatura em cartório.
- Seu veículo é financiado? Procurar – com antecedência - a devida autorização para retirá-lo do país. Outra pessoa vai dirigi-lo na sua ausência? Fazer autorização com reconhecimento de assinatura em cartório.
- Pesquisar sobre os itens obrigatórios do veículo como: extintor (na validade e pressurização adequada), embalagem prática com primeiros socorros, 2 (dois) triângulos para sinalização, cambão ou cabo de aço com pontas fechadas (mesmo que seu veículo não tenha engates para prender isso), outros...
- Vai usar telefone celular? Consulte sua operadora para isso. Lá (informações de Janeiro de 2022 na era possível habilitar o chip comprado lá. Consulte outras fontes)
- Dentro do parque não é obrigatório rádio tipo HT, mas é interessante.
- No parque eu recomendo um apito por pessoa.
- Deixar escrito e ou desenhado em papel o trajeto a ser feito bem como os horários para o responsável da hospedagem. Apesar de ser obrigatório preencher a ficha na portaria do parque com o cronograma de sua aventura.
Quanto serão os
gastos do veículo?
1.Valores com o Seguro
Carta Verde.
2.Valores de
combustível.
3.Valores com
pedágios.
4.Valores com o
seu seguro – eu desconsiderei neste texto.
5. Valores com
estacionamentos/parking/outros.
6.Desgaste do
veículo, manutenção pré viagem (troca de correias, troca de óleo lubrificante,
outros).
1.Valores com o Seguro
Carta Verde.
É um seguro
automotivo obrigatório para quem vai viajar com um veículo terrestre para os
países do Mercosul, nesse caso, para a Argentina. É para cobrir a pessoa argentina e seus bens
em caso de sinistro com o seu veículo.
“O seguro cobre danos corporais e materiais causados a
terceiros que não sejam transportados pelos veículos segurados, por seus
reboques ou por objetos transportados nos veículos ou nos seus reboques. Isso
quer dizer que o seguro carta verde não cobre danos causados aos passageiros,
motorista nem ao próprio veículo” fonte: https://www.mutuus.net/blog/seguro-carta-verde-entenda/
O valor desse seguro gira em torno de 250 reais para 15 dias. Ele é pedido pelas policias de estrada (esse documento foi-me pedido diversas vezes em diversas viagens).
2.Valores de
combustível.
Qual a autonomia do seu veículo com 3 passageiros e mais uns 80 kg de bagagem?
Digamos que seja 15 km/litro.
- No cálculo deverão constar os quilômetros a serem rodados dentro do Brasil na ida e na volta, considerando o valor praticado aqui, bem como a forma de pagamento.
- Também a quilometragem prevista mais alguns km.
- Nesse cálculo, inclusive, os quilômetros a serem rodados na Argentina na ida e na volta, considerando o valor praticado aqui, bem como a forma de pagamento. E pesquisar o valor do combustível cobrado lá.
- Ainda gastos com pedágios e estacionamentos no Brasil e na Argentina. Isto é muito variável.
Eu considero 100 reais no Brasil e 200 reais convertidos em Peso Argentino para esse país.
Abaixo temos um exemplo a ser explorado por você de 4.714 km.
Em uma média de 15km/l, teremos 314,27 litros de combustível a serem contabilizados.
A variação de preço de combustível é tão grande que deverá fazer uma pesquisa alguns dias antes. Contudo, para uma viagem a ser realizada em janeiro de 2.023 eu poderia arriscar os seguintes valores:
- Combustível gasolina no Brasil: média de R$6,00 por litro – não considerando descontos, nem aplicativos.
- Combustível gasolina/nafta na Argentina: média de 200 pesos argentinos por litro ou uns 9 reais dependendo do câmbio e da inflação possível para esse mês.
Outros dados:
- Distância entre Porto Alegre a Uruguaiana 631 km pelo “maps”. Considerando ida e volta mais 50 km de erro: 87,47 litros de combustível a 6 reais e igual a R$524,82.
- Se enche o tanque antes de passar a fronteira?
- Distância entre Uruguaiana a cidade de Mendoza, ao povoado de Vallecitos, ao parque do cerro Aconcagua, ao monumento do Cristo de los Andes e retorno mais uns km de adequação/erro: 215,87 litros a R$9,00/litro será 1.942,83.
Portanto, neste exemplo acima, teremos o valor de R$2.467,65
Aqui abaixo, faço o exemplo: saída do endereço da rodoviária de Porto Alegre para povoado Vallecitos na pré-cordilheira.
Nesse link são 2.082km. Considerando uma parada em: Carrefour Hipermercado, Avenida Las Heras, 798 (entrada do estacionamento pela Av. Belgrano). Somo mais 100 km para as manobras nos postos de combustíveis, as paradas turísticas, etc, esse é um sub-total de 2.182 km para ir e mais – praticamente – o mesmo para voltar, no total de 4.364 km.
- Tem mais uma coisa! Se for par ir lá do outro lado do continente, por que não ir até o parque do Aconcágua? A maior montanha das Américas e a maior montanha do hemisfério Sul? E o Cristo de los Andes, marco de paz entre Argentina e Chile?
O monumento Cristo de los Andes foi feito com o metal das armas usado nesse conflito.
A visita ao Cerro Aconcágua (passeio de algumas horas em trilha pré determinadas com valor baixo cobrado na portaria) mais a visita ao monumento, poderemos somar mais 350 km de ida e volta (com margem de 8 km) ao povoado Vallecitos.
Essa questão varia com a ativação e a desativação de pedágios. Eu reservo, pelo menos, segundo o itinerário acima de R$100,00 totais para pedágios no Brasil e R$200,00 convertidos em peso argentino para pedágios na Argentina. Total de R$300,00 (para ida e volta).
Entendam-se aqui como estacionamentos pagos, gorjetas para os “cuidadores de veículos”, outros. Eu opto, nos passeios turísticos, nas cidades em deixar em estacionamentos fechados. Para isso devo considerar uns R$100,00 convertidos em pesos e uns R$50,00 em espécie.
Muito variável para cada veículo. Suponho que a manutenção esteja em dia e que apenas a troca de óleo lubrificante e os filtros (de óleo, de combustível, do ar e da cabine) sejam necessários, mais uma revisão de suspensão, sistema de freios, uma coisa aqui, outra ali. Uma limpeza/lavagem/lavação antes e uma depois. Só para fechar o cálculo em R$5.000,00, estimo para esse item “6” o valor de R$1.982,35.
Tempo para sua aventura!
A duração de ida, que já fiz, com 2 ou 3 motoristas, dirigindo durante o dia, excepcionalmente algumas horas noturnas é de 3 dias para ir e 3 dias para voltar.
Não conheço níveis para aventureiros. Aqui como exemplo colocarei 3 níveis: N1, N2 e N3.
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O N1 será a pessoa que quer conhecer! Primeira vez! Sem gastar muito ou nada em equipamentos caros. Preparo físico baixo. Ele/Ela ficará hospedada em refúgio de montanha ou outra hospedagem que escolherá (variação de valores e serviços). Provavelmente não acampará, ou seja, não levará todos os utensílios de acampamento morro acima em mochila nas suas costas. Poderá, partindo da sua hospedagem, fazer muitas montanhas partindo e voltando no mesmo dia!
Cerros (montanhas) da “Cadenita”! Um cordão de cumes consecutivos, partindo do cerro Andresito com seus 3.200 metros acima do nível do mar!
Pode, saindo cedo da manhã, partir para o cerro Andresito e depois para o cerro Arenales e retornar a hospedagem. No outro dia, se for conveniente, partir para o cerro lomas Blancas com seus 3.660 m de altitude.
Pode, ainda, fazer uma caminhada para o acampamento base “El Salto 4.300” e retornando no mesmo dia. Já fiz e levei 10 horas no total, umas 6h para subir e umas 4 horas para descer.
Continuando com essa proposta, teremos o 1º, 2º e 3º para deslocamento, considerando que no dia 3º, já estará em altitude (povoado Vallecitos). Dia 4º para o cerro Andresito e Arenales. Dia 5º para o cerro Lomas Blancas.
Dia 6º pode-se ir a vila “Puente Del Inca” (reservar alguma hospedagem) e visitar o cerro Aconcagua e, em seguida, o Cristo de los Andes, retornando a “Puente Del Inca”.
Dia 7º e 8º pode-se ir a cidade de Mendoza e fazer turismo convencional.
Dia 9º, 10º, 11º retornar ao Brasil.
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Pessoa N2, será a pessoa que quer conhecer! Primeira vez! Sem gastar muito em equipamentos caros de alpinismo. Preparo físico médio. Ele/Ela ficará hospedada em refúgio de montanha ou outra hospedagem que escolherá (variação de valores e serviços) para fazer uma adaptação em altitude de 2 a 3 dias, ou seja, partindo da sua hospedagem, fazer muitas montanhas partindo e voltando no mesmo dia, usar como exemplo a “Cadenita”. Acampará no primeiro (acampamento Veguitas) e/ou no segundo acampamento (Veguitas Superior) levará todos os utensílios de acampamento morro acima em mochila nas suas costas. Poderá tentar o cerro Adolfo Calle, com seus 4.240 metros de altitude.
Pessoa N3, será a pessoa que quer conhecer!
Primeira vez!
Ou segunda ou décima!
Irá investir em equipamentos para frio (mesmo na estação verão). Já tem e, ou comprou itens para o trekking de altitude/alpinismo. Terá uma boa barraca que aguente ventos fortes!
Terá, pelo menos, 15 dias para essa empreitada!
Preparo físico próximo ao excelente!
Ele/Ela ficará hospedada em refúgio de montanha ou outra hospedagem que escolherá (variação de valores e serviços) para fazer uma adaptação em altitude de 2 a 3 dias, ou seja, partindo da sua hospedagem, fazer muitas montanhas partindo e voltando no mesmo dia, usar como exemplo a “Cadenita”.
Acampará no segundo acampamento (Veguitas Superior) levará todos os utensílios de acampamento morro acima em mochila nas suas costas. Poderá tentar o cerro Adolfo Calle, com seus 4.240 metros de altitude.
Subirá para o acampamento base onde passará, pelo menos um dia, por adaptação em altitude.
Saindo às 3 horas da manhã, ele/ela, enfrentando o ar rarefeito e ventos congelantes, partirá para o cerro Plata com seus, quase, 6.000 metros de altitude!
Descerá do acampamento base, com todos os seus equipamentos à hospedagem para banho e reorganização! Poderá, ainda, fazer o turismo de altitude e o turismo de cidade citado no “N1”.
O que falta?
Valores de hospedagem. Alimentos que não podem cruzar a fronteira nem as divisas provinciais / estaduais. Sistema de aclimatação em altitude. Tipos, formas e calorias de alimentos. Suplementos alimentares. Uso de mapas, GPS e bússola. Uso de equipamentos tipo termômetro e tabela de sensação térmica. Preparação de refeições em altitude. Conservacionismo ambiental (shit bag). Etc... Etc...