O seguinte texto foi extraído do Atlas - página 436 do ATLAS D O ESPORTE N O BRASIL - do CONFEF - Conselho Federal de Educação Física:
"Definições e origens
Conhecido no Brasil como rapel, a
denominação deste esporte vem do verbo francês rappeler que
significa chamar, recuperar, explorar. Entre os praticantes há uma
versão popular de nomenclatura: rapelar, com o significado de
escorregar corda abaixo seguro por um cinto de segurança
apropriado e uma peça de freio. Ou seja: o rapel é uma técnica de
descida de cachoeiras, cascatas, precipícios, prédios, pontes, morros,
penhascos, paredões, viadutos, chegando até a alturas inusitadas.
Para praticar rapel é necessário ser conhecedor de técnicas de
montanhismo além de ter experiência com o manuseio de
equipamentos básicos de escalada como cadeirinha, mosquetões,
freio oito, corda estática, etc. Há ainda os equipamentos de
segurança, como luvas e capacete que também não são de menor
importância. Apesar de sua prática ser relativamente fácil, nas
versões mais moderadas, como em qualquer outra atividade dos
esportes radicais e de aventura, recomenda-se ser acompanhada
por um instrutor especializado. Os estilos desta prática são: Rapel
em positivo é realizado com o apoio dos pés na parede; Rapel em
negativo sem o apoio dos pés, o praticante desce em queda livre,
lançando-se no vácuo; Rapel guiado normalmente utilizado em
cachoeiras e quedas d’água onde é necessário fazer desvios
diagonais da trajetória para evitar fortes torrentes; Rapel fracionado
é dividido em vários rapéis menores para encontrar um caminho
Rapemais seguro. Há diferentes versões para o surgimento do rapel.
Uma delas, data do final do século XIX quando escaladores franceses
eram contratados para pesquisar os cânions e cavernas dos
Pirineus (montanhas que separam o norte da Espanha do sul da
França), criando então uma técnica para descida, que, com o tempo,
foi assumindo diversas funções, chegando a ser utilizada na
espeleologia, pelo corpo de bombeiros, na limpeza de prédios e
antenas, etc. Hoje, quando utilizado em cachoeira pode ser
encontrada também a denominação de cascading. No Brasil,
considera-se o rapel como uma prática esportiva com identidade
própria e não como um meio para se praticar outros esportes, mas
há quem considere apenas como prática de lazer. É muito utilizado
por diversas atividades como escaladas, estudos espeleológicos e
em resgate em montanhas, sendo bastante difundido como uma
das modalidades que compõem as corridas de aventura.
Situação atual
Embora sem muitos registros, empiricamente
e pelo retorno de mídia que o esporte vem conquistando, pode se
considerar o rapel como em crescente expansão. Em 2003, a
atividade foi incluída no programa de treinamento para incorporação de membros da Polícia Militar do RJ, tendo sido seu
teste executado na Ponte Rio-Niterói-RJ. É também uma prática
esportiva utilizada como parte dos circuitos de Corridas de Aventura e já está incorporada ao roteiro turístico de agências/
operadoras de turismo e eventos promocionais de academias de
ginástica. Os locais preferidos para a prática de rapel no Brasil
são por localização estadual: MS: Abismo de Anhumas e Buraco
das Araras (Bonito); RJ: Cachoeira Véu de Noiva e Gruta do
Presidente (Teresópolis), Parque Nacional da Serra dos Órgãos
(Teresópolis/Petrópolis) e Ilha Grande (Angra dos Reis); GO:
Cachoeira da Onça (Pirenópolis), Bica do Ipu (Ubajara) e
Cachoeira da Água Fria (Alto Paraíso de Goiás); MG: Cachoeira
Congonhas, Cachoeira da Usina, Cachoeira Véu de Noiva e Morro
da Pedreira (Serra do Cipó), Parque Nacional da Serra do Cipó
(Serra do Cipó) e Pedra da Catedral (Gonçalves); SC: Cachoeira
do Cambará, Cachoeira do Cará, Cachoeira do Forno, Cachoeira
do Vento, Cânion da Encosta, Cânion da Sabiá e Serra do Uru
(Presidente Getúlio); RS: Cascata do Marmeleiro e Cascatina
dos Mentz (Canela), e Viaduto 13 (Encantado) maior viaduto
da América Latina; BA: Parque Nacional da Chapada Diamantina,
Poço do Diabo e Gruta do Lapão (Chapada Diamantina).
"
Nenhum comentário:
Postar um comentário