Foi uma expedição exploratória, onde, poderia não ter trilha ou sinalizações de qual o caminho melhor a ser seguido, com diversas dificuldades. Poderia ter surpresas que no google earth ou nas pesquisas na internet não revelam ou poucas pessoas ali estiveram para relatarem detalhes do terreno, clima, etc.
Reservo-me o direito de não transcrever partes onde aparecem nomes ou fatos que poderiam interferir diretamente na vida de pessoas constantes ou não nessa aventura. Ainda, tentarei reproduzir acertando abreviações e fazendo algumas adequações gramaticais para a melhor leitura e interpretação do leitor, bem como explicações atuais entre colchetes [].
Esta é a segunda parte!
Lembro que a primeira parte está em: http://thomaschulze.blogspot.com.br/2017/02/10-expedicao-cordilheira-dos-andes.html
Boa leitura!
Continuação do dia 11-01-2017, quarta feira.
15h20min. Verificações! Glicose: 95 mg/dl,
normal, mas me sinto fraco. Saturação de oxigênio: 94, com 82 batimentos por minuto. Primeira
coisa a fazer: um isotônico reforçado. 6 porções multi grande [multi vitamínico
e sais minerais, espécie de shake].
21h55min. Ainda arrumo coisas. Alimentação
está toda classificada. Primeiros socorros, idem. Daqui a 10 minutos vou para o
banho [chuveiro] e amanhã serão às 6h com saída às 8h.
12-01-17
[quinta feira - Saída do refúgio em direção ao acampamento 2, porém parei
antes]
Acordei de madrugada para urinar. Eram umas
4 horas. Acordei novamente as 5h e não consegui dormir. As 6h e fiz numero um
claro [urina, de cor clara] e numero dois [eliminação de fezes]. Últimos
preparativos. Peso... Medi mas não marquei. Uns 20 kg para as costas e 6 e 10
para as bolsas frontais. 36kg achei aceitável. 7 kg são de alimentação e
combustível (presumido).
8h20min. Estão 15 graus Celsius lá fora.
Imagem da ponte.
Imagem dando
a volta na montanha.
10h45min. Estou embaixo do nariz “Del
Caballo”. Parei para adequar a barrigueira [parte da mochila ou cinto que
prende ela no corpo na cintura, quadril ou barriga]. Lanchar.
12h22min. Estou com a carga na minha volta.
Parei para descansar... Quanto? Não sei. Mastigo uns biscoitos. Vem uma mosca
grande me incomodar. Parece uma “mutuca” com olhos enormes. O cerro Santa Elena
está na minha frente. Lá... Lá encima... A minha direita, uns 45° tem o
pedágio. Avisto um mochileiro.
Exceto essa mosca, está tudo tranqüilo. Ruídos
de motores a diesel, os “clec, clec” dos pneus nas emendas da pista de
concreto.
Penso em deixar algumas coisas no A-4 [4º acampamento. A ordem era
ser o acampamento 1 nas ruínas]. Talvez a barraca. Eu tenho um saco para
bivaque.
12h42min. Eu uso a garrafa plástica como
travesseiro. Pena que aqui não tem água. Eu poderia passar a noite. Vans sobem
para o Cristo [ponto turístico que fica a 3.800 metros de altitude, fronteira
com o Chile, no Paso de los Libertadores, antigo, porém usável passagem de
veículos leves e pessoas para o outro país].
O Cristo. Já vi disso. Aí o cara desce da
van. E tem um vento que lhe arranca o chapéu. Mas o vento com areia te cega.
Sim. É um lugar muito bonito se souber usufruir. [eu gostei. Fiquei 14 dias ali
em fevereiro de 2006...] Em Mendoza deve estar uns 30 graus Celsius, no Cristo
uns 15 a 20 graus Celsius.
13h45min. Acho que vou indo devarinho, com
saída as 13horas, aproximadamente. Como é bom essa papinhas de crianças, não
vejo a hora da próxima parada longa... [uma parte da alimentação era aqueles
mingaus de criança de 1 ano aproximadamente, pela fácil digestão e cheio de
micro nutrientes]. Só uma coisa: manter
o foco, não tropeçar, essas coisas. As 13h45min, eu encontrei um córrego. Tomei
o restante, 200 ml, de uma garrafa e me deu vontade de urinar. Urina amarelada.
Logo vou parar para beber. [beber mais quantidade]. Se não daqui a pouco = dor
de cabeça. Medi o vento. Vento de 17 km/h com rajada de 31km/h.
14h 33min, agora. Pego a mochila de ataque e
vou para a cargueira. Na minha frente o túnel. Na verdade aquelas casinhas.
[umas construções retangulares de concreto que fica do lado oeste do rio].
Avisto o cerro Matienzo.
14h 45min. Tomo um Shake com 400ml de água e
3 biscoitos. Descanso um pouco. Ainda tem uma mosca. Acho que é pela calça de
cor preta.
19h 30min. Não sei ao certo [não sei o certo
o horário], devo ter chegado perto do meu limite. Montei a barraca e me joguei
dentro. Procurei um carboidrato gel e consumi com água, 200 ml. Fiquei um pouco
melhor. Água? Só a barrenta do rio. Usei filtro de café, pouco adiantou.
Tratei-a. Agora está decantando até amanhã. Janta: alho e cebola frita no óleo
da sardinha [sardinha em lata] mais água, enriquecido com farelo de biscoito
salgado e, é claro, as sardinhas. Umas horas atrás, eu percebi algo errado
quando não conseguia uma multiplicação simples. Por cima deu 800 kcal por hora.
Não consigo me lembrar da hora de saída. Parecia ser 9 horas. Até as 18h. Mais
ou menos 9 horas. De 5.400 a 7.000 kcal. Não sei. Estou com vontade de dormir
somente com o liner e o saco de bivaque. [o liner é no formato do saco de
dormir, mas somente o tecido, nylon ou poliéster. O meu tem duas camadas. O de
fora é de nylon liso e o de dentro é de fio penteado, macio ao toque]. Dentro
da barraca, o saco de dormir está perfeitamente acomodado dentro da mochila.
Terminei a janta com chá de guaco. Usei uns 50 ml de álcool anidro. Achei
forte. Estou poupando as baterias. Vou ter que reorganizar as coisas. Quanto de
temperatura dará aqui? Deve ser uns +10º C.
20h 32min. +18ºC. Aqui, qualquer coisa é
travesseiro! Roupas extras e um rolo de ph [papel higiênico]. Minha lanterna de
cabeça está acendendo sozinha. É a terceira vez. Dentro da bagagem, dentro do
saco de transporte e dentro do bolso. Tirar as pilhas? Só que tem uma vedação
especial... Se eu tirar... Penso no cronograma.
20h 43min. Pensei no cronograma. Farei por
etapas. Primeiro até o pé do portezuelo [Del norte]. Se estiver ruim, deixarei
a barraca e outras coisas que não sei. Vou tentar dormir. Tem um barulho
constante... Do rio Cuevas? [Sim!].
Fui dormir as 21 horas.
13-01-2017
[Sexta feira]
Acordei a uma e meia e, não consegui mais
dormir. Às seis horas dormi, mas acordei as sete. Agora são 07h 18min. Urinei
amarelo claro. A cebola está saindo meio gasoso. De madrugada chegou a +10ºC e
de calça de caminhada, camiseta manga longa, colete [térmico, de fibra de
poliéster], gorro [também de meias], com o liner e o saco de bivaque, foi
confortável. Usei a parca. Todo vestido daria para agüentar +10ºC. Bebi água
decantada. Não vai dar para agüentar o gosto!
07h 25min. Que fome! Faço imagens de
quebrada (vale) de Matienzo.
07h 48min. Uns minutos atrás estava +6ºC lá
fora. Tomei 300 ml de “vitamina” de cereais com alguns biscoitos de ontem. O sol ilumina as pontas das montanhas a oeste.
Previsão de saída as nove horas. Aqui ....m de altitude. Um saco de dormir com
conforto de 0º a 5º positivos estaria bom. Previsão de percurso 12 horas. De 12
a 15 km. Previsão de chegada ao portezuelo: hoje mais dois dias. Quarenta a
cinqüenta quilômetros do objetivo ou metade do percurso de aproximadamente
2.550 km [total de minha casa ao cerro Zumbringgen].
08h 15min. Medi minha oxigenação. O aparelho
tem um gráfico e este estava descompassado. Usei meu estetoscópio e percebi
algumas alterações. Pode ser pela escassez de glicogênio [momentâneo], como o
frio da noite. Mas vou monitorar. Tenho medicação para o coração [esse deveria
ser tomado somente em caso de infarte]. O transporte será por meio de “porteo”
(espanhol). Levo um volume a 100 passos [duplos] que devem ser uns 140 a 150
metros e largo [no chão]. Volto e pego o outro, trago para esse ponto e levo para
frente deste ponto, uns 150 metros. Volto, pego o anterior e largo a frente
desse, e assim por diante. Isso tudo para não sobrecarregar a musculatura,
conseqüentemente a pressão sanguínea (e supostamente o coração).
16h 24min. [Em um córrego peguei uma água].
Atravessei o rio do cerro Pedro Zani, três vezes. Molhei as botas, meias e pés.
Na última água... Que fiz uma filmagem... Encontrei três larvas em um litro e
meio de água. Joguei fora.
Mais uma pegada [mais uma vez colhendo água na
garrafa] 2 larvas. Contava com aquela água! A Natureza que me perdoe, mas
preciso fazer um filtro de água urgente! Encontrei umas raízes no caminho, meio
queimadas, em um círculo de pedras. [Lá no riacho, usei minha camiseta como
filtro mecânico. Verifiquei a água e não tinha larvas. Usei o álcool para
queimar a raiz e fazer carvão. Moí esse carvão e coloquei no meu filtro para
café. Então que a água passou por esse processo, coloquei o produto químico.]
20h 15min. Consegui me hidratar. Sopa de
cebola com biscoito. Agora está cerca de +12ºC. Parece quente. Estou bivacando
de verdade. Aguardo a sopa esfriar. Parei às 19h 30min, aproximadamente.
Saturação de oxigênio 90 com 92 bpm [batimentos por minuto]. Gráfico... Ok!
Devo ter saído as nove horas e cinqüenta minutos. Devo ter feito os 10 km que
eu queria. Tentei levar toda a carga, mas doeu um rim. Voltei para o porteo.
Revisando... [a revisão dos dias
não será transcrita pois resultou em confusão na leitura].
14-01-2017
[acordei no acampamento depois do zanni.]
08h 00min. Faz 6ºC. Estou ao ar livre. Está
muito frio para escrever. Noite complicada. Mexi-me [dormindo] e o zíper do
saco de dormir abriu e eu não consegui fechá-lo. Coloquei o liner e o colete na
fresta. Fazia +10ºC. Condensou um pouco
a umidade da respiração dentro do saco de bivaque. Na próxima em de Goretex [de
Goretex ou similar, é um tecido transpirável para os vapores de água e
impermeável para a chuva]. Não consigo escrever, os dedos estão levemente amortecidos
[frio]. Urinei amarelo claro. Bebi suco de limão sem corante.
Tive três períodos de sono. Em um deles
sonhei que havia tropeçado nas minhas coisas. Tentei gritar, mas a voz não
saía. Mais tarde, no sonho, apareceu um casal. Eles estavam aclimatando para ir
ao acampamento base do Everest [montanha] que coisa... “Porque você está aqui
fora?” Perguntaram-me. “Porque você não vai para a casa?” Casa? Que casa? [eu
indaguei – no sonho] Uns 100 metros para cima! Fui dormir lá, mas quando
acordei estava fora da casa perto de uns trilhos de trem. Um pequeno trem
passou por cima da ponta do saco de bivaque. Tentei puxar desesperadamente.
Parecia real. Acordei. Passei alguns segundos de confusão mental. Agora +4ºC,
escrevo mais tarde.
08h 30min. Não sei se dormi. Sei que estava
quente. O termômetro marca +8ºC, mas o sol está de “rachar”. Preciso defecar
hoje, pois ontem deu vontade. Carrego
sempre comigo sacola plástica e papel higiênico. Dormi com uma pedra na altura
do joelho esquerdo. Espero não ter o lesionado. [Essa foi umas que não consegui
tirar do chão.]
[A barraca,
o pote das fezes e alimentação para a volta deixei neste acampamento, atrás de
uma pedra grande e debaixo de uma pilha de pedras]
Alarme falso para numero dois! Continuo
arrumando os materiais. Alarme
verdadeiro! Mas aonde? Atrás da pedra mesmo! Ufa! Meio quilograma a menos para
carregar. Lavo as mãos com álcool.
08h 45min. Fiz chá.
11h 40min. 95% pronto! Apesar de ter tomado
“café da manhã”, me sinto fraco. Arrumar a mochila cansa. Vou almoçar. Próxima
prioridade é água, pois só tenho um litro de água. Lembrar dos runners.
[Quando eu
arrumava os equipamentos, avistei uma pessoa. Ele estava com capacete de
bicicleta, porém sem a mesma. Logo depois veio seu companheiro com a bicicleta.
Eles estavam fazendo um trail até a laguna escondida. Não sei como nem aonde
cruzaram o rio Cuevas. Ida e volta do vilarejo Las Cuevas. Quando eu estava
voltando para pegar a segunda carga, eles estavam retornando. Percebi as calças
colantes molhadas.]
11h 49min. Depois de 300 kcal, me sinto bem
melhor. Deverei sair às 12h 00min para “portear”. Deixarei a barraca, varetas,
shit pot e lixos até então.
Imagens do caminho para o próximo acampamento. Na frente é oeste e a direita é norte.
Imagens do caminho para o próximo acampamento. Na frente é oeste e a direita é norte.
Imagens do caminho para o próximo acampamento, descansando ao lado de uma pedra. Na direita é leste e a esquerda mais ou menos noroeste.
15h 25min. Minha primeira hemorragia nasal! [Ar seco e assuar muito o nariz dá nisso.] Em vez das mutucas irem para as gotas de sangue continuam me rondando. Estou a uns 300 metros de onde escalei o ano passado.
[Olhei para sul e reconheci uma montanha - Cerro Santa Elena - que subi por duas vezes, em fevereiro de 2.006, parando e, bem perto do cume, voltei pois estava tarde da primeira vez e na segunda por encontrar uma patrulha do Exercito Argentino onde o enfermeiro me convenceu a voltar. Distância aproximada: 10 km em linha reta.]
[Modificando o cardápio.]
[Fiz uma parada mais longa para comer uma sopa, onde encontrei lenha. Após a refeição, organizei as madeiras, recolhendo e empilhando-as]
15h 25min. Minha primeira hemorragia nasal! [Ar seco e assuar muito o nariz dá nisso.] Em vez das mutucas irem para as gotas de sangue continuam me rondando. Estou a uns 300 metros de onde escalei o ano passado.
[Olhei para sul e reconheci uma montanha - Cerro Santa Elena - que subi por duas vezes, em fevereiro de 2.006, parando e, bem perto do cume, voltei pois estava tarde da primeira vez e na segunda por encontrar uma patrulha do Exercito Argentino onde o enfermeiro me convenceu a voltar. Distância aproximada: 10 km em linha reta.]
[Modificando o cardápio.]
[Fiz uma parada mais longa para comer uma sopa, onde encontrei lenha. Após a refeição, organizei as madeiras, recolhendo e empilhando-as]
[Encontrei um grupo de vacas. Bem próximo a trilha tinha um bezerro, muito irritado. Juntei umas 3 pedras no chão e coloquei no bolso. Iria usar isso em último caso. O apito estava sempre a mão. Acredito que apitando e gesticulando eu conseguiria espantar um animal desses.]
20h 44min. [Caminhei bastante. Passei por umas paisagens que reconheci quando passei por aqui no ano de 2006, indo visitar o monumento do Tenente Benjamin Matienzo. Mas... Um grupo de cavalos espalhados não me deixou passar. Alguns mais centralizados e alguns nas extremidades “rosnavam” para mim.]
[Tive que desviar da trilha para a esquerda ou oeste. Subindo uma elevação onde encontrei um buraco e uma estrutura metálica.]
Estou em uma elevação a oeste da trilha. Eu
diria “terra de ninguém”. Achava que estava protegido por uma grande pedra mas
o vento mudou. Faz +7ºC. Irei dormir com luvas. O desvio dos cavalas foi
exaustivo. Não passei do “arranhado”. [Paisagem que parece um arranhado na
montanha a leste deste ponto. Depois do “arranhado” encontra-se o monumento e
as ruínas de um abrigo de mineradores]. Nuvens a 10 km [para sul] em cima do
cerro santa Elena me assustam. Vou dormir até quando não for possível. Cavalos
relincham. Saturação de O² 93, bpm cardíaco 93. Sinto-me como estivesse a 3.600
[na realidade 3.458m de altitude, aproximadamente]. Estou com uma cãibra no
pescoço e na cintura lombar do lado direito. Impossível escrever!
20h 44min. [Caminhei bastante. Passei por umas paisagens que reconheci quando passei por aqui no ano de 2006, indo visitar o monumento do Tenente Benjamin Matienzo. Mas... Um grupo de cavalos espalhados não me deixou passar. Alguns mais centralizados e alguns nas extremidades “rosnavam” para mim.]
[Tive que desviar da trilha para a esquerda ou oeste. Subindo uma elevação onde encontrei um buraco e uma estrutura metálica.]
15-01-2017 Domingo
Meu sono foi em 4 etapas. Todas com sonhos.
Temperatura mínima que consegui registrar foi de +6ºC. Passei um pouco de
calor. Tive umas cãibras nas costas.
08h 00min. Saí correndo para numero dois.
Dei alguns passos apenas. Tudo ensacado. Urina amarela clara. Consumi 500ml de
liquido.
08h 30min. Faço uma assepsia nos pés. Passo uma
pomada para micose, apesar de não ter indícios disso. Agora 75% organizado.
Moscas vêm me visitar. Um pássaro também. A lua estava um holofote de noite e
agora o sol desta de “cozinhar”. Dividi a comida na mochila cargueira. Vou
fazer tiros de 60 minutos. Costurei um furo nas calças e mochila de ataque, um
reforço apenas. Sem previsão para o horário de saída.
13h 09min. Devo ter saído as 11h da manhã.
Em 45 minutos, cheguei nas ruínas do mineradores. Inspecionei o local e visitei
o monumento.
[Abaixo as ruínas de um abrigo de mineradores, ande dormi na churrasqueira na primeira noite e no abrigo na segunda noite (depois de reforçar a estrutura com arame e outros itens metálicos).]
[Abaixo as ruínas de um abrigo de mineradores, ande dormi na churrasqueira na primeira noite e no abrigo na segunda noite (depois de reforçar a estrutura com arame e outros itens metálicos).]
Deve ter sido sofrido para o Benjamin...
Tive vontade de chorar... Chorar = desidratação!
Peguei tudo que dava para por água e saí
para o norte. Nenhuma "vega" [agua que brota do chão, formando pequenos córregos], somente a água barrenta do rio Cuevas.
[A água está na garrafa na esquerda da imagem com água marrom.]
[Rio Cuevas, onde peguei a água.]
Filtrei, bebi, horrível! Até acharem nome pior! Uns 300ml consegui beber. Espero a água decantar um pouco [os sólidos decantarem]. Em 15 minutos sairei para pegar a cargueira. Devido a desidratação devo ficar aqui fazendo água e me alimentar.
Lembrei que passei por 2 guancos brabos de manhã.
[A água está na garrafa na esquerda da imagem com água marrom.]
[Rio Cuevas, onde peguei a água.]
Filtrei, bebi, horrível! Até acharem nome pior! Uns 300ml consegui beber. Espero a água decantar um pouco [os sólidos decantarem]. Em 15 minutos sairei para pegar a cargueira. Devido a desidratação devo ficar aqui fazendo água e me alimentar.
Lembrei que passei por 2 guancos brabos de manhã.
17h 21min. Estou totalmente instalado nas
ruínas dos mineradores. Sim! Vou ficar duas noites aqui. Organizar os
alimentos, descansar, hidratar e alimentar.

[O pôr do sol é diferente. Como o sol se põe a oeste, ele projeta a sombra no acampamento. No entanto, as montanhas a leste ficam iluminadas por ele. veja abaixo:]
[Uma filmagem antes de dormir:]
[Entardecer quase completo:]
Fim dessa parte!

[O pôr do sol é diferente. Como o sol se põe a oeste, ele projeta a sombra no acampamento. No entanto, as montanhas a leste ficam iluminadas por ele. veja abaixo:]
[Uma filmagem antes de dormir:]
[Entardecer quase completo:]
Fim dessa parte!