sábado, 27 de janeiro de 2018

10ª EXPEDIÇÃO A CORDILHEIRA DOS ANDES (5 de 5 partes) - MENDOZA - ARGENTINA

   Esta é a viagem da minha 10ª expedição a Cordilheira dos Andes na Argentina, província de Mendoza, na data de 09 a 24 de janeiro de 2017.
   Foi uma expedição exploratória, que teve diversas dificuldades. Coisas que não aparecem em mapas, cartas, ou imagens no google earth.
   Como eu estou aprontando as imagens da última expedição ou a 11ª, que acabei de voltar (hoje 27 de janeiro de 2108), deixo algumas imagens aqui da expedição 10ª.


   Eu estava esgotado. A mochila estava ficando cada vez mais "pesada". Já tinha passado 8 horas. Eu já avistava a rodovia, ela estava ali perto mas o caminho era para a esquerda, mesmo porque reto, para frente tinha o rio Cuevas que é intransponível. É para a esquerda, mesmo! Para leste!











   
   Eu poderia montar a barraca em qualquer lugar. Optei em chegar no refúgio. Cama, banho quente, conversar com algumas pessoas.
   Essa decisão cobrou seu preço. Uma proteção para bolhas do pé direito saiu do lugar e logo senti uma ardência. Eu não quis parar para não perder tempo. Não queria atravessar o acesso a ponte no escuro, apesar de ter lanterna (duas).
   Cheguei. Larguei as coisas em qualquer lugar no quarto, tomei banho. Eu queria comer uma carne, e salada. Me indicaram um restaurante perto da praça.
   Carne ótima, bem assada, bom tamanho, a salada bem preparada, sem aquelas lambuzeiras no prato, parece que simplesmente "foi colocada com cuidado" no prato.
   Valor... Para começar temos que saber: a vila fica a 3.160 m de altitude. Mais de 180 km da cidade de Mendoza, apesar que encontramos vilarejos pelo caminho. E eu peguei um suco de 500 ml de pomello, que eu gosto muito. Na época, com o câmbio que eu paguei... Foi aproximadamente 80 reais. Sim... Isso mesmo!
   Lamento... Não fotografei. O bife era 1,2 x 7,0 x 14,0 cm. E veio mais um outro menor depois em medidas 1,2 x 5,0 x 11,0 cm. Claro! Medidas aproximadas.

Imagem do restaurante:

  
  










  No outro dia aproveitei para passear. Fotografar a vila.


Na vila tem uma igreja. Já acampei na "varanda" dela. Quase sempre está fechada, mas deste dia, aberta!










   Fiz uma passeio no sentido horário, saindo do refúgio, passando no meio das casas e chegando a construção que servia para o mensageiro ou pessoa do correio passar a noite. Passei pela igreja, conforme imagens acima e entrei nas ruínas da estação férrea conforme imagens abaixo.










Garrafa de vinho encontrada vazia. Eu já conhecia esse rótulo.
De fundo para baixo e...


...de fundo para cima!




Ao longe a ponte que leva para o vale "Quebrada del Matienzo".
Ela tem uns 3 m de comprimento por 1,5 m de largura, aproximadamente.
Estava ao longe, mas não tanto para uma câmera com 26x de zoon óptico. 


Olhei para cima e vi um pouco de neve... Amanhã vou para lá!




Pôr do sol na vila. 


   Feliz da vida, arrumei minhas coisas - tudo - pois no outro dia iria para umas placas de neve e pela tarde já embarcaria em ônibus para a cidade de Mendoza e depois para o Brasil.
   Saí de manhã sedo. Passei pelas ruínas mostradas abaixo. E... 


   ...aproveitando essa imagem do dia anterior fiz esse trajeto em amarelo com a intenção de chegar na flecha laranja. Uma placa de neve endurecida me chamou atenção e resolvi ir a ela. Ela estava mais perto e eu teria tempo para praticar procedimentos de neve e gelo.









Procedimentos:
1. Segurança de auto detenção ou escalada em solitário com segurança.


 

2. Uso de parafusos, estaca para neve e placa ou pá de ancoragem (usei para fixar a corda em baixo).
  

  

3. Confecção de Abalakov (fiz, mas como era neve e não gelo, não ficou seguro).
   

4. Ancoragem com elementos múltiplos (não está visível: um ice hook, uma placa para neve, uma picareta ou ice axe, e uma mini estaca de alumínio).

5. Rapel nesta ancoragem do item 4, recolhendo todas as proteções abaixo.

6. Ascensão por corda fixa para retornar ao topo.

7. Rapel em "seta" (cavidade na neve onde se passa a corda por trás e coloca-se o meio da corda nessa "valeta" e, com duas pontas de corda, rapela-se com corda dupla).




   Naquela tarde embarquei de ônibus para Mendoza. 
   Cheguei de noite e já embarquei para Buenos Aires, que poderia ser uma alternativa melhor. Não lembro do valor. Talvez 2.000 pesos argentinos.
   No dia seguinte consegui um ônibus para Uruguaiana. Que chegou de noite. E em seguida - minutos - consegui (o mesmo ônibus que eu vim...) para Porto Alegre. No dia seguinte, para a cidade de Caxias do Sul.

FIM DESTA EXPEDIÇÃO!